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quarta-feira, 20 de março de 2019

(De)Rota da Cortiça no Rio Tejo (Seixal)



Boa noite, boa gente!
Sou de uma terra onde existia uma forte dinâmica na industria de transformação da cortiça, entre outras a principal fábrica tinha o nome de Mundet dando emprego a muitas pessoas, seja a que transformava bem como a quem realizava o transporte no rio. Esse transporte era efectuado por embarcações tradicionais típicas do estuário do rio Tejo. faziam a ligação à capital Lisboa bem como a outros pontos rio a cima. Estas embarcações também eram conhecidas como "barcos de água a cima". Esta ligação existente entre a cortiça e o rio pode inspirar um porta-chaves pinha de retenida, ligando uma filaça de cortiça a um nó de marinheiro bastante conhecido e de grande ajuda dentro de uma embarcação, mais propriamente para ajudar a lançar cabos para terra ou outra embarcação. 


Para já ficamos com estes primeiros trabalhos em cortiça mas muito em breve vou dar continuidade a esta rota da cortiça no Seixal, tentando manter a ligação entre o rio, fazendo mais umas peças com esta matéria prima bem portuguesa e que ainda mantém algumas raízes no Seixal. Quem sabe levar esta rota mais longe, será que a marinharia e a cortiça ainda tem algo a dizer no Seixal?



Já fazia algum tempo que estava para realizar estes trabalhos, só não tinha encontrado o cabo de cortiça com a qualidade necessária para estes artigos mas cá está, e parece me que bem. Espero que tenham gostado, grande abraço!


Nuno Fernandes (Nós perto do mar)

segunda-feira, 11 de março de 2019

No mar, chaves sempre seguras!


 Boa noite boa gente!
A pensar mais uma vez na protecção das chaves das embarcações, algo muitas vezes esquecido e que no caso de um azar de cair à água vai ser muito difícil recuperar, fiz mais três porta-chaves com capacidade de flutuação para deixar as chaves à tona, em caso de queda. Juntando umas bóias de rede de pesca e um pedaço de cabo de muito boa qualidade, ficamos com um artigo engraçado e de grande utilidade.


 
Mais importante que a estética destas peças é a importância que tem a bordo, hoje em dia até no xalavar colocamos flutuadores para não ficarmos apeados, quanto mais a chave da nossa embarcação. Ainda assim é sempre possível tornar estas peças bonitas ou pelo menos condignas para serem usadas.



Obrigado pela atenção e se precisarem de alguma peça. é só apitar, posso fazer a gosto se for vossa vontade. Um abraço e fiquem bem, boa gente!

Nuno Fernandes (Nós perto do mar)


terça-feira, 5 de março de 2019

"Nós perto do mar" na Nauticampo 2019


Este post não só serve para registar a presença dos meus artigos na Nauticampo 2019 mas também para agradecer a oportunidade que me foi dada por um expositor, Galdéria boat. Aceitai participar neste certame porque luto para divulgar esta arte, quase inexistente e com poucas pessoas a realizar estes trabalhos pelas margem do Tejo, já para não falar no País. Entendi aceitar, não participando pessoalmente por motivos muito meus mas coloquei alguns trabalhos que tinha, há ultima da hora, para dar alguma cor ao stand de quem generosamente me convidou.



De salientar que este certame faz 50 anos de existência. Participei uns largos anos nesta feira, em representação de um município, e vi anos bons e menos bons, com muito expositores e anos em que nem tanto mas nunca deixou de ser uma grande feira que muito dignifica a náutica de recreio e desportos náuticos.






Muitas vezes ouço falar que temos de promover estas artes ligadas ao mar, ao rio e a todos as embarcações que usam cabos para se manusear. Mas na prática, se não fosse a persistência de cada um, os projectos de aprendizagem e divulgação morriam à nascença. Desta forma, e porque não existem apoios a quem faz por manter viva a arte de marinheiro, tenho de ficar grato a quem, sem nenhuma responsabilidade pedagógica sobre o que acabei de desabafar, me convidou para participar na Nauticampo, cedendo um pouco do seu espaço para eu poder divulgar esta arte e poder mostrar que existe muito mais para alem do lais de guia.


Ficaram contactos feitos, outros por desenvolver e avaliar a minha capacidade de resposta. São estes apoios que ajudam a divulgar esta arte até porque palavras levam-nas o vento!


As fotos exibidas são de autoria de Galdéria Boat, cedidas gentilmente para ilustrar este pequeno artigo, muito obrigado.

Sempre que precisarem de ajuda disponham, partilharei o que aprendi sem querer nada em troca.

Um abraço para todos,
Nuno Fernandes (Nós perto do mar)