Boas pessoal, estou de volta para vos mostrar mais um belo passeio pelo rio Sado até ao mar. Nunca tinha saído de Setúbal, gosto muito da terra mas embiquei sempre para Sesimbra e é ai que saio maioritariamente para o mar. Desta vez, lá foi o Nuno mais os amigos Sandro e Carlos dar uma volta para ver se andavam uns peixinhos no mar. Saída do Porto de recreio por volta das 6 horas com destino mais a sul.
A manhã foi passando e o peixe não queria nada connosco, só restava o bom convívio que se fazia sentir, pois integramos uma equipa de malta porreira em que alguns dos amigos já eram conhecidos do Sandro e do Carlos. Assim passou a manhã e era altura de desviar umas milhas para ver se conseguiamos trazer uns peixinhos para o jantar.
A caminho são notados uns barulhos estranhos no motor, levam a que o mestre da embarcação nos pedisse acesso ao motor para ver o que se passava. Aberta a tampa e é notada alguma água junto ao motor, nada de muito expressivo mas também não muito normal, ainda mais numa embarcação com alguma qualidade. Nada de mais era notado para além de o nível do óleo estar em baixo, acrescentamos óleo e seguimos o nosso caminho. Um pouco mais à frente, o mestre nota que a embarcação perdia força e as rotações não estavam de acordo com o normal funcionamento da mesma. Voltamos a aceder à caixa do motor e ao levantar a mesma, é notado um leque de água vindo do volante do motor, problemas... o nível de água na embarcação tinha subido consideravelmente e conseguimos ver que entrava água na embarcação pelo sistema de refrigeração. Não era possível corrigir o erro, só nos restava virar a proa a terra e enquanto alguns iam tirando água recorrendo ao vertedores, o mestre encaminhava a embarcação para terra, isto porque a bomba de água estava avariada, brincadeira....
Desta forma o nosso passeio de pesca terminou mais cedo, sem peixe e ainda por cima a trabalhar para que a água não afogasse o motor e pudessemos chegar a terra em segurança, muita água tiramos nós... Aprendi mais uma vez que não podemos descurar as manutenções de qualquer sistema motorizado, ainda mais numa embarcação que se afasta algumas milhas da costa.
Já acostados ao caís, era hora de fazer contas com o mestre e despedir de todo o pessoal. Em relação ás contas, pensei que o mestre fizesse um desconto ao pessoal, não só por sermos forçados a vir mais cedo para terra mas também pela ajuda pronta de todos para que a viagem corresse bem. Não pelo fraco peixe ou quase nenhum que apareceu a bordo porque isso já foge do controlo da maioria dos mestres deste tipo de embarcações. Em relação ás despedidas, conheci pessoas muitos fixes de Setúbal, pessoas essas que apesar de tudo, me fizeram ter um dia fixe no mar. E como a vida é feita de registos, foi a pior pescaria que fiz em todas as saídas que já fiz para o mar.
Um abraço a todos,
Nuno Fernandes (Nós perto do mar)
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